TY: CHAP T1 - 1.1 Ler com compreensão para ler com fruição A1 - Viana, Fernanda Leopoldina N2 - Não nascemos leitores, tornamo-nos leitores. Num mundo em mudança são as mais as dúvidas do que as certezas quanto ao que gera nas crianças, nos jovens ou nos adultos, motivação para ler. De forma necessariamente breve, começaremos por propor uma reflexão inicial sobre as ideias subjacentes a algumas expressões utilizadas pelos mediadores de leitura ? leitores, promoção da leitura, animação da leitura ? que, não raro, assumem uma perspetiva redutora. Dado o papel do Jardim de Infância e da Escola na criação da apetência por ler, no ensino da leitura e na formação de leitores, a formação de professores para o ensino da leitura é também abordada, enfatizando: i) a necessidade de esbater o fosso existente entre o tipo de leitura oferecido no Jardim de Infância e a leitura oferecida ao leitor inicial e; ii) promover o ensino explícito da compreensão da leitura, passo importante para que a leitura se constitua objeto de fruição. Conseguir que alguém opte por ler, quando tem à sua disposição um leque cada vez mais amplo de atividades, resulta da interação de um enorme conjunto de variáveis (do leitor, do textos e do contextos), não sendo fácil identificar o contributo isolado de cada uma delas. Salvaguardando esta dificuldade, apresentaremos uma síntese dos principais resultados da investigação sobre motivação para a leitura, que ressaltam o papel das experiências anteriores com livros, das interações sociais com base em livros, o acesso aos livros e a liberdade de escolha. Com base numa leitura da realidade atual (e nacional) sustenta-se que sem um nível de leitura automatizado e sem custos cognitivos não se formam leitores, que é necessária uma atenção especial aos leitores iniciais e que é preciso colocar os ?concorrentes? da leitura ao serviço da criação da necessidade de ler. UR - http://repositorio.esepf.pt/handle/20.500.11796/1204 Y1 - 2012 PB - No publisher defined