TY: THES T1 - A escola emocionalmente (in)segura): A Identificação de (Novas) Violência (s) e a Promoção de Ambientes Colaborativos A1 - Gonçalves, Ana Luísa Garcês N2 - A escola, território e laboratório construído de emoções e linguagens diversas, é influenciada pela complexidade da(s) cultura(s) da sua comunidade. A cultura da violência amplamente difundida na nossa sociedade entra diretamente nas escolas através da sua comunidade e pode manifestar-se de diferentes formas. As consequências desta cultura, que se reproduz nas relações interpessoais que se estabelecem, podem ser devastadoras, mesmo destruidoras, para a integridade das vítimas. É importante que a Escola tome uma posição de constante alerta e defina a prevenção das violências, e a promoção de relações de respeito mútuo, como uma das suas linhas orientadoras e de ação. Esta investigação surge como resultado de um caminho pessoal de conscientização sobre a importância da construção de uma escola emocionalmente segura no desenvolvimento de cada individualidade e nas suas aprendizagens e, logo, na necessidade de se promover o respeito mútuo e prevenir as violências na escola. Partimos da premissa de que todas as escolas são ambientes potenciais de violência e que a sua prevenção é possível através de um trabalho colaborativo de todos os seus atores sociais. No sentido de se promover um ambiente de segurança emocional e prevenir comportamentos e situações de violência numa escola do Concelho de Paços de Ferreira, avançámos com um estudo de caso sobre as perspetivas dos estudantes acerca das violências observadas e sentidas na instituição. Encarámos a participação dos estudantes como necessária e obrigatória tanto nos processos investigativo como de intervenção. Neste estudo aplicámos um questionário de Assédio e Violência Escolar-questionário AVE(Piñuel, I. Oñate, A., 2008) que permitiu estudar a frequência com que determinadas situações de violência, correm na escola selecionada, e estudar a forma de pensar e o comportamento dos estudantes face a situações desta natureza. Este estudo quantitativo foi complementado por uma análise qualitativa, com a criação de um grupo focal de estudantes que permitiu localizar no território/escola os locais onde se verificam situações de violência, e estudar a relação entre os espaços e os tipos de violência. Para além disso, foi ainda possível identificar as intervenções e soluções propostas pelos estudantes para a prevenção destes fenómenos. Os resultados desta investigação revelaram que no território estudado existe uma baixa frequência de grandes violências principalmente as relacionadas com ações de coação e 4 intimidação, de ameaça e de exclusão social. Este estudo parece ainda indicar uma tendência para uma generalização de situações de pequena violência em todo o espaço escolar, inclusivamente dentro das salas de aula. Após o estudo empírico, e análise dos documentos orientadores da instituição, desenhou-se um projeto de intervenção que implementasse uma prevenção organizacional e, ao mesmo tempo, permitisse a participação de todos os elementos da comunidade educativa, num ambiente de estreita colaboração. Sucintamente, a intervenção foi dividida em duas etapas. A primeira, dirigida aos adultos da comunidade com a realização de um outdoor,-Geocaching-e constituição de grupos focais, e a segunda etapa ,para os estudantes, com o desenvolvimento de dinâmicas criadas pelo projeto internacional STRONG, criação e dramatização de uma peça de teatro e a análise de filmes sobre a temática. Propomos também a participação dos pais e encarregados de educação nestas duas ultimas atividades. UR - http://repositorio.esepf.pt/handle/20.500.11796/2417 Y1 - 2016 PB - No publisher defined