Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/20.500.11796/2814
Título: Ninhos de autonomia – equacionar os processos de autonomização dos jovens em acolhimento na Casa dos Afetos
Autor: Moreira, Sara Luísa Pinho Neves Tavares
Orientador: Trevisan, Gabriela
Palavras-chave: Acolhimento Institucional
Integração Social
Autonomia
Data: 18-Out-2019
Resumo: O acolhimento institucional é a medida de colocação mais aplicada no âmbito das medidas de promoção e proteção de crianças e jovens em perigo, em Portugal. Apesar do número de acolhimentos terem diminuído, ligeiramente, ao longo dos últimos anos, a prevalência desta medida, associada ao aumento da idade dos jovens acolhidos, levou-nos a realizar este estudo sobre autonomização e desenvolvimento de competências de vida dos jovens em situação de autonomia de vida e procurou-se conhecer qual o papel das equipas educativas nestes processos. Com base em estudos anteriores, que associam o acolhimento ao défice de competências no processo de autonomização dos jovens, delineamos como objetivo essencial deste trabalho compreender o percurso dos jovens após os processos de acolhimento residencial. O contexto de estudo foi o da instituição Casa dos Afetos. Procuramos analisar o trabalho desta instituição na preparação dos projetos de vida de autonomia dos jovens, bem como o impacto do trabalho de continuidade do seu projeto de vida, pós-acolhimento. Procuramos ainda conhecer a perceção dos jovens sujeitos da pesquisa, os que se encontram em processos de autonomia de vida, os que estiveram acolhidos na Casa dos Afetos, e os que cessaram a medida e ainda jovens com a medida de acolhimento residencial, bem como a perceção de diferentes atores que intervêm nos processos de autonomia dos jovens, nomeadamente dos técnicos da CPCJ, EMAT e dos técnicos da Instituição que acompanham os jovens em autonomia de vida e ainda a perceção de professores, médicos, juízes e procuradores e do presidente da Câmara Municipal. É neste alargado enquadramento social que se processa toda a procura de dados compilados e analisados. É privilegiada a aplicação de entrevistas semiestruturadas para a recolha de informação, a observação e análise dos projetos de vida dos jovens. Construímos grelhas de informação, que nos possibilitaram, comparar e interpretar diferentes práticas e sensibilidades. Verificámos que os jovens percecionam algumas lacunas nas competências de gestão financeira, gestão da vida quotidiana e valorizam uma dimensão mais funcional 12 da autonomia enquanto os restantes entrevistados valorizam a área emocional e as competências sociais. Com base nos testemunhos deste estudo, técnicos, monitores e auxiliares educativos da Casa dos Afetos discutiram e refletiram sobre as narrativas dos jovens relativamente às suas competências face à autonomia. Foi neste confronto de ideias e na promoção de uma escuta ativa que se começa a desenhar uma nova metodologia organizacional, um projeto de intervenção “Ninhos de Autonomia”, experiência piloto na Casa dos Afetos. Neste contexto, os jovens passam a ter um envolvimento mais interventivo em todos os setores da Casa, desde a gestão a tudo o que se relacione com o quotidiano. O novo paradigma traz grandes mudanças: mais responsabilidade, mais autonomia, comportamentos e atitudes mais adequadas e maior autoestima. Os jovens sentem a Casa como um espaço que lhes pertence e pelo qual se responsabilizam. Tal como referi este programa está a ser aplicado e os indicadores sugerem que os “Ninhos de Autonomia” estão a contribuiu positivamente no desenvolvimento do processo de autonomia das jovens.
URI: http://hdl.handle.net/20.500.11796/2814
Aparece nas colecções:Intervenção Comunitária

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